terça-feira, junho 30, 2009
domingo, junho 21, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
quarta-feira, junho 17, 2009
Follow
Follow your heart and see where it might take you
Don't let the world outside there break you
They know not who you are inside
They have never felt your hell
Don't ever let them crack...
Hold out I know you feel it getting cold out
Without the blanket for your soul now
Before you know it you'll be frozen
You have to see this through
There's no one here but you
I feel the rain coming down
It reminds me of who I used to be
But now that's nothing more
Then a memory
Don't go, to sleep and cry because tomorrow
If you let it it will swallow
You up and none of this will matter
Will matter anymore
I feel the rain coming down
It reminds me of who I used to be
But now that's nothing more
Than a memory
I feel the rain coming down
It reminds me of who I used to be
But now that's nothing more
Than a memory
Follow your heart and see where it might take you
Don't let the world outside there break you
They know not who you are inside
They have never felt your hell
Don't ever let them crack...Your shell...
Brandi Carlile in Brandi Carlile
segunda-feira, junho 15, 2009
sábado, junho 13, 2009
Amor Abre a Janela
Meu amor, abre a janela
Que eu vou passar junto dela
Quando chegar a tardinha
Mas não chames p‘lo meu nome
Porque a saudade encontrou-me
E eu posso não estar sozinha.
Prendi no peito uma flor
Que diz mais do meu amor
Do que tristezas sem fim
Mas não venhas a correr
Que ninguém deve saber
O que tu sentes por mim.
E depois não tenhas medo
Eu sei amar em segredo
E vou passar de mansinho
Sem levantar a cabeça
Pra que ninguém me conheça,
Tu podes não estar sozinho.
Só quando a noite cair
É que me atrevo a subir
Para te pôr na lapela
A dor da minha saudade,
Mas como o frio nos invade
Meu amor...fecha a janela
Mafalda Arnauth in Flor do Fado
quinta-feira, junho 11, 2009
Mais de dois anos passaram desde do último post por mim publicado neste espaço. Não o abandonei, passei com frequência por aqui à espera do momento em que tivesse a vontade de voltar e de partilhar de novo muito da minha forma de comunicar.
Hoje é o dia em que me faz sentido voltar...
terça-feira, setembro 19, 2006
foto: Porto
Lavava no Rio Lavava
letra: Amália Rodrigues
Lavava no rio lavava
Gelava-me o frio gelava
Quando ia ao rio lavar
Passava fome passava
Chorava também chorava
Ao ver minha mãe chorar
Cantava também cantava
Sonhava também sonhava
E na minha fantasia
Tais coisas fantasiava
Que esquecia que chorava
Que esquecia que sofria
Já não vou ao rio lavar
Mas continuo a chorar
Já não sonho o que sonhava
Se já não lavo no rio
Por que me gela este frio
Mais do que então me gelava
Ai minha mãe minha mãe
Que saudades desse bem
Do mal que então conhecia
Dessa fome que eu passava
Do frio que me gelava
E da minha fantasia
Já não temos fome mãe
Mas já não temos também
O desejo de a não ter
Já não sabemos sonhar
Já andamos a enganar
O desejo de morrer
Gosto muito de ouvir esta música na versão da Ana Moura no seu primeiro álbum "Guarda-me a vida na mão»
sábado, setembro 09, 2006
Marisa Monte ao vivo no coliseu do Porto
Na passada quarta-feira, Marisa Monte proporcionou-me um dos concertos mais bonitos que já tive o prazer de assistir. Com cenários que contrastavam entre a simplicidade das imagens e a complexidade de toda uma estrutura montada em palco.
Um concerto constítuído maioritariamente por músicas dos seus dois últimos albúns, mas que não deixou de ter presente músicas popularizadas pelos Tribalistas e de álbuns mais antigos como este «Segue o seco», que para mim foi um dos momentos altos do concerto não só pela bela música, mas por toda a iluminação e cenografia montada.
Para quem não teve ainda a oportunidade de assitir a um concerto da Marisa Monte, ainda poderá assistir amanhã em Lisboa, ao último concerto em Portugal. Vale mesmo a pena!!
Segue o Seco
Carlinhos Brown e Marisa Monte
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino secará
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser pouco meu amor
Marisa Monte in «Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão»
quarta-feira, agosto 16, 2006
Música
(José Luis Peixoto)
Como um raio a rasgar a vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma cidade secreta
a levantar-se do chão, como água, como pão
Como um instante único na vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma pétala dessa flor
a levantar-se do chão, como água, como pão,
Assim nasceste no meu olhar, assim te vi,
flor a florir desmedida, instante único
a levantar-se do chão, a rasgar a vida,
Assim nasceste no meu olhar, assim te amei,
vida, água, pão, raio a rasgar uma cidade secreta
a levantar-se do chão, flor a florir desmedida
Anaifa em "Canções subterrâneas"
Os Anaifa são para mim um dos projectos mais interessantes que surgiram nos últimos tempos. Não preciso de dizer que aconselho sem dúvida a audição quer do primeiro cd "Canções Subterrâneas" como também do segundo "Três minutos antes da maré encher".
(José Luis Peixoto)
Como um raio a rasgar a vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma cidade secreta
a levantar-se do chão, como água, como pão
Como um instante único na vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma pétala dessa flor
a levantar-se do chão, como água, como pão,
Assim nasceste no meu olhar, assim te vi,
flor a florir desmedida, instante único
a levantar-se do chão, a rasgar a vida,
Assim nasceste no meu olhar, assim te amei,
vida, água, pão, raio a rasgar uma cidade secreta
a levantar-se do chão, flor a florir desmedida
Anaifa em "Canções subterrâneas"
Os Anaifa são para mim um dos projectos mais interessantes que surgiram nos últimos tempos. Não preciso de dizer que aconselho sem dúvida a audição quer do primeiro cd "Canções Subterrâneas" como também do segundo "Três minutos antes da maré encher".
domingo, julho 30, 2006
foto: Oceanário de Lisboa
O LADO BOM DA SAUDADE
(João Monge/Luis Represas)
Talvez o vento
Talvez as marés
Talvez o jeito
De seres como és
Fossem as ondas
A bater baixinho
Lá onde o mar faz o ninho
Estavas na praia
Os gestos discretos
Eram mistérios
De outros alfabetos
Puseste a mesa
Deste-me um lugar
E eu acabei por ficar
Não sei que nome te dar
O teu nome verdadeiro
Menina de olhar o mar
Saudades do mundo inteiro
Tu sorrias
E eu fui ficando
Por mais uns dias
(nem me lembro quando)
Contei-te historias
De tudo o que passei
E outras que eu inventei
Juntaste as mãos
Á frente do peito
Disseste adeus
Não perdeste o jeito
De me dizer
Que a eternidade
É o lado bom da saudade
Luis Represas no álbum «Código Verde»
terça-feira, julho 18, 2006
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
(...)
Alberto Caeiro
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
(...)
Alberto Caeiro
segunda-feira, julho 03, 2006
Eu
Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Aconselho vivamente a audição deste poema na lindíssima voz da Ana Laíns que tão o bem interpreta na forma de fado. A encontrar no seu álbum de estreia "Sentidos".
sexta-feira, maio 12, 2006
Foto: Parque das Nações
Brisa do Coração
O segredo a descobrir está fechado em nós
O tesouro brilha aqui embala o coração mas
Está escondido nas palavras e nas mãos ardentes
Na doçura de chorar nas carícias quentes
No brilho azul do ar uma gaivota
No mar branco de espuma sonoro
Curiosa espreita as velas cor de rosa
À procura do nosso tesouro
A brisa brinca como uma gazela
Sobre todo o branco e a rua do Ouro
Curiosa espreita a fenda da janela
A procura do nosso tesouro
Dulce Pontes
quarta-feira, maio 10, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
Foto: Braga
Primavera
Como se fora de cera
Se quebrava e desfazia
Ai funesta primavera
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia
E condenaram-me a tanto
E condenaram-me a tanto
Viver comigo meu pranto
Viver, viver e sem ti
Vivendo sem no entanto
Eu me esquecer desse encanto
Que nesse dia perdi
Pão duro da solidão
Pão duro da solidão
É somente o que nos dão
O que nos dão a comer
Que importa que o coração
Diga que sim ou que não
Se continua a viver
Todo o amor que nos prendera
Todo o amor que nos prendera
Se quebrara e desfizera
Em pavor se convertia
Ninguém fale em primavera
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia
Mariza in «Fado Curvo»
segunda-feira, março 20, 2006
sexta-feira, março 10, 2006
foto: Rua Augusta, Lisboa
Que Deus
Boss AC
Há perguntas que têm de ser feitas!
Quem quer que sejas
Onde quer que estejas
Diz-me se...
É este o mundo que desejas!?
Homens rezam, acreditam,
Morrem por ti!
Dizem que estás em todo o lado
Mas não sei se já te vi!
Vejo tanta dor no mundo
Pergunto-me se existes!?
Onde está a tua alegria
Neste mundo d'homens tristes!?
Se ensinas o bem
Porque é que somos maus por natureza!?
Se tudo podes
Porque é que não vejo comida à minha mesa?
Perdoa-me as dúvidas
Tenho que perguntar
Se sou teu filho e tu me amas
Porque é que me fazes chorar?
Ninguém tem a verdade
O que sabemos são palpites
Sangue é derramado em teu nome
É porque o permites
Se me deste olhos
Porque é que não vejo nada?!
Se sou feito à tua imagem
Porque é que eu durmo na calçada!?
Será que pedir a paz entre os homens
É pedir demais!?
Porque é que sou descriminado
Se somos todos iguais!?
Porquê!?
Porque é que os Homens se comportam como irracionais?!
Porque é que guerras, doenças matam cada vez mais?!
Porque é que a paz não passa de ilusão?!
Como pode o Homem amar com armas na mão?!
Porquê!?
Peço perdão pelas perguntas que têm que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?!
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei!
Eu acredito é na Paz e no Amor!
(...)
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
foto:Parque das Nações
Porque me olhas assim
Letra e Música: Fausto Bordalo Dias
diz-me agora o teu nome
se já dissemos que sim
pelo olhar que demora
porque me olhas assim
porque me rondas assim
toda a luz da avenida
se desdobra em paixão
magias de druida
p’lo teu toque de mão
soam ventos amenos
p’los mares morenos
do meu coração
espelhando as vitrinas
da cidade sem fim
tu surgiste divina
porque me abeiras assim
porque me tocas assim
e trocámos pendentes
velhas palavras tontas
com sotaque diferentes
nossa prosa está pronta
dobrando esquinas e gretas
p’lo caminho das letras
que tudo o resto não conta
e lá fomos audazes
por passeios tardios
vadiando o asfalto
cruzando outras pontes
de mares que são rios
e num bar fora de horas
se eu chorar perdoa
ó meu bem é que eu canto
por dentro sonhando
que estou em Lisboa
dizes-me então que sou teu
que tu és toda p’ra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim
por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim
Cristina Branco in "Ulisses"
(uma canção lindíssima e muito bem interpretada pela Cristina Branco)
terça-feira, janeiro 31, 2006
segunda-feira, janeiro 30, 2006
domingo, janeiro 29, 2006
foto: Em frente à minha casa
Há palavras que nos beijam
Alexandre O’Neill/ Mário Pacheco
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Mariza in «Transparente»
quarta-feira, janeiro 18, 2006
terça-feira, janeiro 10, 2006
Maria Rita no Coliseu dos Recreios
Maria Rita proporcionou ontem à noite um concerto memorável em Lisboa, e hoje ainda há mais um... a não perder! Foi uma noite cheia de momentos altos, a «Santa Chuva» já no Pav. Atlântico tinha sido um momento arrepiante e no Coliseu voltou a sê-lo, para mim uma das músicas que Maria Rita deveria ter sempre nos seus concertos por muitos mais anos. A «Festa» foi quase sem surpresa a canção que fechou a noite e que melhor traduziu o espírito que se viveu durante todo o concerto. Venham mais concertos de Maria Rita!
Maria Rita proporcionou ontem à noite um concerto memorável em Lisboa, e hoje ainda há mais um... a não perder! Foi uma noite cheia de momentos altos, a «Santa Chuva» já no Pav. Atlântico tinha sido um momento arrepiante e no Coliseu voltou a sê-lo, para mim uma das músicas que Maria Rita deveria ter sempre nos seus concertos por muitos mais anos. A «Festa» foi quase sem surpresa a canção que fechou a noite e que melhor traduziu o espírito que se viveu durante todo o concerto. Venham mais concertos de Maria Rita!
Aqui ficam algumas fotos que consegui captar (peço desde já desculpa pela falta de qualidade das fotos, mas a distância do palco ainda era significativa para a objectiva da máquina)
fotos: Coliseu dos Recreios dia 9/01/2005
(Marcelo Camelo)
Vai chover, de novo
Vai chover, de novo
Deu na tv
Que o povo já se cansou
De tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui
Que reza ajuda de Deus
Mas nada pode fazer,
Se a chuva quer é trazer
Você pra mim
Vem cá que tá me dando
Uma vontade de chorar
Não faz assim
Não vá pra lá
Meu coração vai se entregar
A tempestade.
Quem é você pra me chamar aqui
Se nada aconteceu?
Me diz?
Foi só amor ? Ou medo de ficar
Sozinho outra vez ?
Cadê aquela outra mulher ?
Você me parecia tão bem
a chuva já passou por aqui
Eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar ?
Que santo vai brigar por você ?
Que povo aprova o que você fez ?
Devolve aquela minha tv
Que eu vou de vez
Não há porque chorar
Por um amor que já morreu
Deixa pra lá
Eu vou... adeus
Meu coração já se cansou de falsidade.
Maria Rita in «Maria Rita»
domingo, janeiro 08, 2006
sexta-feira, janeiro 06, 2006
terça-feira, janeiro 03, 2006
segunda-feira, janeiro 02, 2006
sexta-feira, dezembro 30, 2005
foto: Lisboa
PODE LÁ SER
(Mafalda Arnauth / Luís Oliveira)
Troca esse fado, dá a volta à alma
E faz um canto menos só
Troca essa dor por algo melhor
Mesmo que seja em tom menor.
Sacode o medo
Que trazes preso à alma
E atrasa o teu andar
Tens onde ir que esse teu canto
Ainda tem tanto para dar.
Pode até ser
Um dia sem sol e a noite sem lua
Mas Lisboa sem o Tejo fica nua
Podem dizer
Que o fado perdeu a cor dos seus pais
Mas o fado, meu país, não morre mais.
Será defeito
Não ter o jeito ou por feitio
Fugir da tradição
Será tão diferente? Quando se sente
Só tem voz o coração.
Canto outra história
Faço a memória à minha medida
Mas tudo é tão igual
Que importa o tempo, se é sentimento
Senhores, é tudo Portugal.
Mafalda Arnauth in «Encantamento»
terça-feira, dezembro 27, 2005
quinta-feira, dezembro 22, 2005
sábado, dezembro 17, 2005
Chuva
Jorge Fernando
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Mariza