sábado, dezembro 17, 2005



Chuva
Jorge Fernando

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história

da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida

à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma

e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto

Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida

gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou

meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Mariza

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Outra excelente escolha... O Jorge torna-se enorme com a simplicidade com que escreve! É mesmo daquelas pessoas que é coerente em toda as partes da sua vida: a simplicidade do ser é em igual tamanho á simplicidade da escrita, e á simplicidade do cantar!

5:53 da tarde  
Blogger SilverTree disse...

Linda, esta foto!

2:48 da tarde  

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