foto: Lisboa, Graça
Eu
Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Aconselho vivamente a audição deste poema na lindíssima voz da Ana Laíns que tão o bem interpreta na forma de fado. A encontrar no seu álbum de estreia "Sentidos".
publicada por Pinguimcris às
9:40 da manhã
6 Comentários:
:O) o local é magnífico e propenso aos "sentidos"
agora fiquei com vontade de ouvir este poema cantado :O))
Vou procurar ouvir, também. Não conheço a Ana Laíns.
O sítio conheço. O poema, de cor.
Beijinhos
Lembro-me de ter ouvido há uns anos atrás a Ana Laíns e como gostei tanto da sua voz nunca me esqueci do seu nome.
Finalmente conseguiu gravar e o seu trabalho saíu há um mês ou dois atrás. Por isso poderão encontrar e ouvir numa Fnac perto de vocês ;-)
Bjs
Cristina
oba!!! acabei de ouvir a ana laíns num dos canais de tv :O)
gostei bastante. o tema que ouvi soou-me a um misto de fado e tango, que me agradou :O)
obrigada cristina
escrevo só para te dar um allo...porque por aqui passo muitas vezes...mas não te digo nada...hoje apeteceu...
bjs
Cláudia
Uma grande foto
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