segunda-feira, novembro 28, 2005

domingo, novembro 27, 2005

foto: Vista do alto do Parque da Serafina

sábado, novembro 26, 2005

Para proteger da chuva... nunca se sabe quando ela aparece...
foto: Barcelona

quinta-feira, novembro 24, 2005


Carlos do Carmo ao vivo

fotos: Corroios 2005

Estrela da tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes
que me acontecia
eu esperava por ti, tu não vinhas
tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
tardando-lhe o beijo, mordia
quando à boca da noite surgiste
na tarde tal rosa tardia
quando nós nos olhamos tardamos no beijo
que a boca pedia
e na tarde ficámos unidos ardendo na luz
que morria
em nós dois nessa tarde em que tanto
tardaste o sol amanhecia
era tarde de mais para haver outra noite
para haver outro dia.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Foi a mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos nocturnos silencios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa
De fogo fizeram.
Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.
Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto.

Ary dos Santos

quarta-feira, novembro 23, 2005


foto: Sobreiro (Mafra)

terça-feira, novembro 22, 2005

foto: Sesimbra

sábado, novembro 19, 2005

foto: No chão de todos os dias...

terça-feira, novembro 15, 2005

foto: Alcochete

segunda-feira, novembro 14, 2005

fotos: Porto 2005


Porto Sentido

Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa

Rui Veloso

sexta-feira, novembro 11, 2005





Não poderia deixar passar em claro o lançamento do DVD dos Clã «Gordo Segredo». Este DVD vem comprovar que esta banda portuguesa não se limita a estar na música de forma passiva. Este DVD poderia ser como muitos outros lançados para o mercado em que se limitam a filmar um concerto e a gravá-lo e com uns pequenos extras... No entanto o «Gordo Segredo» não é apenas uma gravação de um concerto, teve todo um trabalho de imagem, de montagem, de edição que é de louvar (desde os planos, à mudança de tonalidades entre o preto e branco e as cores, entre muitos outros aspectos muito bem conseguidos). Ao vermos este DVD apercebemo-nos que tudo foi pensado ao promenor e sentimos que ali está muito do que é alma dos Clã. Nele podemos não só encontrar o concerto no Olga Cadaval, como também um documentário sobre os bastidores (da tour 2004) e outros extras. Parabéns aos Clã e a toda a equipa responsável pela realização deste DVD.

Para finalizar deixo-vos fotos que tirei nas Festas de Corroios 2004 (um excelente concerto que aparece no Documentário do DVD dos Clã)



quinta-feira, novembro 10, 2005

foto: Portas do sol (Santarém)

terça-feira, novembro 08, 2005

foto: Gerês

segunda-feira, novembro 07, 2005


Foi no passado dia 4 que tive a oportunidade de mais uma vez poder assistir a um concerto da Mafalda Arnauth. E mais uma vez a Mafalda teve a capacidade de me surpreender, é muito bom quando saímos de um concerto de alguém que já vemos a actuar há algum tempo e sentimos que não foi apenas mais um concerto.
A apresentação do «Diário» dominou quase todo o concerto, tendo ficado de fora apenas duas faixas deste novo disco. No entanto o espectáculo iniciou-se recorrendo a três canções dos álbuns anteriores («Fado sem fim», «Instante dos sentidos», «Pode lá ser») e finalizou igualmente com canções que já tão bem conhecemos desta grande fadista («Eu venho», «Lusitana» e «Meus lindos olhos»). Esta última música cantada sem qualquer acompanhamento musical e que deixou de certeza todo o auditório arrepiado e encantado com a beleza deste momento raro proporcionado pela Mafalda.
O «Diário» já está à venda e claro que o aconselho vivamente. Ainda não posso dizer se é o melhor dos 4 álbuns de originais, mas posso dizer que tem canções que já me caticaram por completo.