sábado, outubro 29, 2005
foto: Ilha do Pessegueiro
Porto Côvo
Roendo uma laranja na falésia
Olhando o mundo azul à minha frente,
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,
No calmo improviso do poente
Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como prata
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este luzeiro
Á volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no brazeiro
Ao longe a cidadela de um navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do destino
Devolve-me à lembrança do Alentejo
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
Rui Veloso
sexta-feira, outubro 28, 2005
terça-feira, outubro 25, 2005
quinta-feira, outubro 20, 2005
quarta-feira, outubro 19, 2005
terça-feira, outubro 18, 2005
Tenho maneira de te convencer
Tenho modo e jeito para te prender
Tenho maneira de te convencer
Tenho modo e jeito para te prender
Tenho modo e jeito para te prender
Tenho maneira de te convencer
Tenho modo e jeito para te prender
Vais perder a confiança
Vais perder a segurança
Que tu tens em ti
Olha bem p’ra mim
Não podes fugir
Não podes fugir
Nãos vais conseguir
Não vais resistir
Começa a sorrir
Tu estás dentro da minha teia
De onde não podes fugir, não
De onde não podes fugir, não
Vais perder a segurança
Que tu tens em ti
Olha bem p’ra mim
Não podes fugir
Não podes fugir
Nãos vais conseguir
Não vais resistir
Começa a sorrir
Tu estás dentro da minha teia
De onde não podes fugir, não
De onde não podes fugir, não
Humanos
segunda-feira, outubro 17, 2005
sexta-feira, outubro 14, 2005
Clã - Apresentaram ontem à noite "Ao Vivo" no Santiago Alquimista
Num concerto em tom mais intimista aberto apenas a convidados, tive a sorte de ter como prenda de anos estar entre os felizardos e poder assistir a mais um concerto dos Clã, que para mim são o melhor grupo Português. Já para não falar daquela que eu acho ser uma das melhores vozes e a melhor vocalista a nível nacional (isto para não dizer a nível internacional), a grande Manuela Azevedo.
Entre os muitos convidados presentes nesta apresentação do novo disco, destaco a presença do Sérgio Godinho, do Jorge Palma, do Camané, do João Gil e do Carlos Tê.
quarta-feira, outubro 12, 2005

a lua partida ao meio
olha a lua partida ao meio
de tão baixinha que está
quase leva as copas das árvores
e o cabelo dos homens altos.
se eu fosse muito guloso
comia esta lua em forma de queijo.
olha a nuvem, a nuvem branca
quer tapar o nosso queijo
nuvem gorda e sem vergonha
invejosa da luz da lua.
tu já viu que esta noite não tem vento?
olha a lua partida ao meio
se eu pudesse sentava nela
e ficava espiando a terra
e me via olhando ela!
Esta canção toma outra dimensão quando cantada por Maria João e Manuela Azevedo